Corri de mim,
e nessa fuga desenfreada
vi a menina de tranças e saia rodada
sentada à beira da estrada.
Em seu laço de fita
vi minha vida amarrada
com nó de segredo.
Na barra de sua anágua rendada
escorriam meus medos
lágrimas e mágoas
e entre as flores de seu vestido
encontrei meu sorriso perdido.
Mas ela estava triste,
pois se achava abandonada.
Foi quando percebi,
minha criança ainda existe
e insiste em mim.
Saí de debaixo do divã
com ela de mãos dadas.
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