quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Violinos


 
Minha alma dá as mãos
aos acordes de “Bach”.
Juntos caminham sob cerejeiras floridas,
percorrem dourados trigais,
se perdem em labirintos  canaviais,
voam das montanhas ao cais.
A melodia atrevida
dedilha em minha cintura
partituras, poemetos madrigais,
sussurra a meus ouvidos
sonatas surreais.
Enquanto ao olvido
a carne se entrega
e no vácuo se ajeita,
a alma rebelde a rejeita,
a voltar se nega...
Segue a bailar glamorosa
entre as estrelas de “Bach”.

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